René Rast não foi meigo ao classificar os padrões de condução do atual DTM após a jornada da competição realizada no passado fim de semana em Nurburgring. Segundo o piloto alemão, que alinhou aos comandos de um Audi R8 LMS GT3, “deixou de ser divertido guiar no DTM”. Rast, que recentemente anunciou a sua mudança para a BMW bem como para a McLaren na Fórmula E, esteve envolvido em dois incidentes ocorridos nas duas corridas disputadas na pista do Eifel, acabando por marcar apenas dois pontros, sendo nono após múltiplos contactos, incluindo um onde foi induzido num pião pelo Porsche de Lauense Vanthoor, acabando por abandonar após ter sido empurrado para escapatória de gravilha da última curva de Nurburgring por David Schumacher.

Depois de estar a 10 pontos do líder do campeonato, Mirko Bortolotti, resultado também dos terceiros lugares que obteve em Nurburgring, Rast passou a estar a 29 pontos após a primeira corrida de Nurbugring, ganha por Sheldon Van der Linde (BMW M4 GT3). Falando do incidnte com David Schumacher (filho do ex-F1 Ralf Schumaher) Rast referiu: “Da primeira vez ele bateu-me na chicane, depois tive uma má saída e ele tentou passar-me novamente e bateu-me outra vez na traseira do meu carro, fazendo-me entrar em pião e ir à gravilha. Inaceitável”. René Rast é perentório ao enfatizar que “os padrões de condução este ano no DTM são inaceitáveis. Eles guiam como miúdos pequenos. Não têm experiência e já não é mesmo divertido guiar mais. Penso que alguns deles deveriam voltar às disciplinas inferiores para ganharem experiência e então regressarem ao DTM. Mas assim já não é mais divertido correr”. Questionado se queria que houvesse consequências dos incidentes, o ainda piloto da Audi respondeu: “Espero que sim. Não apenas para ele (David Schumacher), mas também para muitos outros pilotos”.

“Já não se pode correr mais. É apenas um jogo. Alguns deles deixam espaço, outros não. Não se pode mais ir lado a lado para uma curva, eles empurram-nos para a relva, eles batem-nos atrás, eles fazem-nos fazer piões. É apenas um jogo. Certamente que se tem de fazer algo contra isto”, diz também Rast que estende as suas críticas à prova anterior, onde também os padrões de condução, na sua opinião, foram muito maus. “Vimos-lo já em Norisring, onde guiavam como se estivessem em carrinhos de choque. É uma pena, porque tínhamos andamento, tínhamos um bom carro, queríamos ficar fora das confusões, mas algumas vezes tem-se azar todo o tempo e põe-nos fora da corrida”.