António Rodrigues teve um regresso à competição com uma atuação notável na Rampa da Falperra. Aos comandos do seu Silver Car EF10 o piloto da NJ Racing/Lusimed deu mostras que a ‘série negra’ que enfrentou no início da época no Campeonato de Portugal de Montana JC Group ficou para trás. Aquele que também é conhecido como a ‘Bala do Douro’ rodou sempre longe dos limites, mas com um ritmo suficientemente capaz de lhe dar o Top cinco absoluto final. Na prova bracarense António Rodrigues colocou um ponto final no autêntico pesadelo que foram as primeiras provas da temporada, ‘puxando dos galões’ de uma carreira que já conta com dois títulos nos Protótipos B e duas presenças no pódio final absoluto do campeonato nos dois anos anteriores.
Depois de ter visto a sua participação no evento do Clube Automóvel do Minho em causa, o rapidíssimo piloto de Santa Marta de Penaguião conseguiu ‘dar a volta’ `à situação, pois as peças necessárias para a recuperação do protótipo espanhol chegaram “a poucos dias da rampa. Felizmente o Rui Ferreira e a equipa da FRPOWER são de uma competência e de uma entrega sem igual. Foram incríveis na dedicação no sacrifício e na capacidade para, em tempo recorde, montar o carro e estarmos à partida da Falperra!”, salienta António Rodrigues. O craque duriense sente que era sua “responsabilidade corresponder da melhor forma a todo o sacrifício da” sua família, da sua equipa, dos seus “patrocinadores, da FRPOWER e não esquecendo todo o incentivo da Família da Montanha neste que foi o momento mais difícil da” sua carreira de piloto.
António Rodrigues estava ciente de que “não tendo sequer feito um ‘shakedown’ ao carro, ou muito menos um teste profundo, teria que abordar a Falperra com muitas cautelas e um andamento moderado, sabendo ser vital terminar o fim-de-semana sem incidentes e com um bom resultado”. E assim foi. A abordagem conservadora, que abrangeu mesmo o ‘setup” da eletrónica do Silver Car EF10, está bem visível nos tempos, com António Rodrigues a ir paulatinamente aumentando o ritmo e baixando as marcas. E fê-lo de forma tão vincada que, ao longo do fim-de-semana, a diferença entre a pior e a melhor marca seria de cerca de 23 segundos. Uma “eternidade” que dá conta da crescente confiança que a “Bala do Douro” foi sentindo, embora tenha ficado bem visível que, nem de perto nem de longe, António Rodrigues tenha rodado nos limites.
No final, o Top cnco absoluto na competição reservada ao CPM JC Group foi “um prémio justo para todos quantos permitiram que eu alinhasse na Falperra. Mas o mais importante oi ter um fim-de-semana se qualquer incidente e apenas com um ou outro pequeno problema, rapidamente resolvido, voltando a ganhar ritmo e confiança, para no futuro sermos muito mais competitivos!”, resumiu António Rodrigues que assume que “o resto do campeonato será um longo teste em competição. Estamos fora da luta por qualquer título e isso tira-nos pressão e responsabilidade, dando-nos tempo para evoluir o carro e evoluir a minha capacidade para extrair dele todo o potencial”, assumindo, no entanto, que “não enjeitaremos lutar pelos melhores lugares, sempre que a oportunidade surgir”. Concluída esta frenética primeira metade do campeonato, com quatro provas em seis semanas, o CPM JC Group vai ter um hiato de três semanas até ao próximo desafio, que será a Rampa Covilhã Serra da Estrela, que se disputará nos dias 28 e 29 de maio.
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