Apesar de Ricardo Moura ter dominado o primeiro dia do Rali dos Açores, a verdade é que no segundo se assistiu a um ‘assalto’ à liderança por parte de Efren Llarena, com o espanhol a conseguir levar a melhor sobre o piloto de São Miguel e impor-se nesta que foi a segunda prova dos campeonatos europeu e português de ralis. Moura até esteve bem no começo da tirada deste domingo, mas a verdade é que o rival do país vizinho teve uma melhor ponta final, ainda que o açoriano tenha sido o piloto que mais especiais ganhou (quatro). Também logrou-se manter no comando do evento insular durante 12 troços, e só depois disso Llarena – que ganhou duas especiais – passou para fremte, batendo Moura por menos de três segundos.
Ninguém pensaria, com 11 classificativas disputadas, que Ricardo Moura fosse deixar fugir o triunfo neste Rali dos Açores, pois a sua vantagem era de 14,7s, mas a verdade é que Efren Llarena conseguiu ‘virar o jogo’ e bater o açoriano, ao ganhar as duas derradeiras especiais, entre elas a Power Stage. Aliás foi este último êxito que foi determinante para a vitória do espanhol, numa prova que teve outros ‘heróis’, como o jovem Simon Wagner. O austríaco subiu ao último lugar do pódio, depois de também ser o mais rápido em duas especiais, apesar de terminar a mais de meio minuto do vencedor, já que não estava no ‘radar’ dos favoritos neste evento, que disputou pela primeira vez. O experiente Simone Tempestini conseguiu finalmente fazer um rali do ERC sem problemas, o que lhe permitiu ser quarto na prova açoriana, embora a mais de 50 segundos de Llarena, mas nove segundos à frente de Armindo Araújo, que com o quinto posto final averbou mais um êxito em termos de Campeonato de Portugal de Ralis.
Mais do que a vitória no CPR, Armindo passou a liderar o Campeonato da Europa, o que tem o significado que tem, mas que não deixa de ser curioso, mas fruto da grande competitividade deste ERC. Isto sem que o piloto de Santo Tirso tenha ganho o CPR em São Miguel, já que esse desiderato foi para Ricardo Moura. Mas para o piloto do Skoda Fabia Rally2 Evo preparado pela The Racing Factory o mais importante foi bater os rivais que disputam a integralidade do campeonato doméstico, como Bruno Magalhães, que recuperou algum atraso no segundo dia, mas que terminou atrás de Armindo na classificação, com o piloto do Team Hyundai Portugal a ser sexto da ‘geral’ mas a mais de minuto e meio do seu rival. Referência ainda para Miguel Correia, que 11º absoluto, à frente de José Pedro Fontes, que completou o top cinco nacional.
CLASSIFICAÇÃO FINAL
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