Miguel Oliveira tornou-se no primeiro vencedor do MotoGP no Circuito de Mandalika, onde este domingo se disputou o Grande Prémio a Indonésia . Uma prova atrasada em uma hora e 15 minutos, devido à monção que deixou o traçado da ilha de Lumbok completamente alagado. Loris Capirossi e Franco Uncini, os responsáveis de segurança da Federação Internacional de Motoclismo para o Campeonato do Mundo de Velocidade fartaram-se de dar voltas ao circuito com o BMW ‘safety-car’, até perceberem que estavam reunidas as condições necessárias para que a corrida fosse realizada. Uma corrida onde não participou Marc Marquez, que saiu bastante lesionado depois do assustador acidente sofrido no ‘warm-up’ matinal. Aparentemente devido a problemas de suspensão na sua Honda.
Depois da ‘pole-position’, Fabio Quartararo largou na frente para uma prova que se esperava emocionante, pois a pista ainda apresentava largos trechos de asfalto cobertos por poças de água. E o francês esteve inicialmente na liderança, sendo que atrás de si Miguel Oliveira fez uma largada fabulosa, ‘saltando’ de sétimo para segundo. O Campeão do Mundo procurou de imediato isolar-se dos seus adversários, e logrou uma boa vantagem sobre quase todos, com exceção do português da KTM, que se colou à Yamaha # 20 de ‘El Diablo’. Parecia que ambos iriam fazer uma corrida à parte dos demais. Parecia mas não foi bem assim, já que Jack Miller se conseguiu aproximar e mesmo passá-los. Só que o australiano da Ducati não conseguiu manter o ritmo, e Miguel, que consegiuiu passar Quartararo, aproximou-se dele e acabou por chegar ao primeiro lugar. Depois seria imitado pelo francês da Yamaha, que contudo não conseguiu acompanhar o piloto de Almada, numa prova encurtada de 27 para 20 voltas, devido aos receios que o mau tempo pudesse interrompê-la de novo.
Com todo o pelotão a optar por pneus médios da Michelin à frente e de chuva atrás, Quartararo esteve o melhor possível que a sua Yamaha permitia, pelo que o segundo lugar final soube como uma vitória, face à terrível prova que a equipa teve no Qatar. Já Miller não conseguiu sequer ‘segurar’ o terceiro posto, já que a partir da segunda metade da corrida Johann Zarco se mostrou o segundo piloto mais rápido em pista – a seguir a Miguel Oliveira – e logrou ganhar o último lugar do pódio ao australiano da Ducati, compensando a Pramac Racing da perda de Jorge Martin, que, traído por uma poça de água, não evitou a queda.
Num contraste com uma qualificação sofrida, a Suzuki acabou por ter uma boa prova em Mandalika, pois Alex Rins e Joan Mir viriam a concluí-la na quinta e sexta posições respetivamente. Sendo que atrás dos dois pilotos das motos azuis terminou Franco Morbidelli, que sentiu mais dificuldades na segunda Yamaha do que o seu companheiro de equipa. Ainda assim o italo-brasileiro antecedeu Brad Binder, que na segunda KTM também não conseguiu estar tão à vontade como Miguel Oliveira. Além disso o sul-africano envolveu-se num momento de ‘frisson’ quando deu um ‘chega pra lá’ ao seu irmão Daryn, um estreante no MotoGP mas muito rápido com o piso molhado, que lhe permitiu terminar no top ten, logo atrás de Pol Espargaro, na melhor das Honda em prova.
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