Jamie Chadwick, a primeira campeã da W Series – a competição de monolugares destinada exclusivamente a mulheres – ,respondeu às críticas feitas ao seu regresso ao campeonato, nomeadamente as feitas pela também britânica Alice Powell. Bicampeã, Chadwick defendeu-se dizendo porque razão volta a alinhar na W Series, desta feita pela nova equipa da atleta olímpica Caitlyn Jenner – a Jenner Racing. Powell, vice-campeã, disse que Jamie devia deixar a competição depois de já a ter ganho por duas vezes. Mas a também piloto de reserva da Williams na F1 admite que tentou o ‘salto’ para a Fórmula 2 ou F3 mas que dado o curto espaço de tempo para reunir os fundos necessários tal hipótese não se pôde concretizar.
“Eu sei de muitos dos comentários. Há muita frustração por não ter podido progredir e dar o próximo passo na Fórmula 3 ou na Fórmula 2, acreditem. Eu sei disso. Também queria dar esse passo, e não faço segredo disso, sobretudo depois de ter ganho o campeonato no ano passado”, diz Jamie Chadwick, sublinhando: “Claro que evoluir na minha carreira era o que queria, mas honestamente há tantos fatores a ter em conta para conseguir um lugar como esse, particularmente o competitivo. Penso que um é que tem a ver com o financiamento, e para ser completamente honesta, no curto espaço de tempo que tive para conseguir os fundos não fui capaz de reunir as verbas de que necessitava. Claro que isso significa voltar à W Series, mas não vejo isso como um passo atrás. Penso que é outra oportunidade para correr e tentar juntar o orçamento para dar o próximo, que ainda acredito ser possível. Mesmo se não for na Europa e seja na América. Penso que ainda há muitas oportunidades”.
“Sinto-me muito grata pela W Series. Honestamente não estaria sequer a correr sem eles, por isso o facto de ter estado a negociar para ir para a F3 ou F2 é algo que há dois ou três anos nem sequer teria tido. Não é o fim, Temos um objetivo a longo prazo. Obviamente que este ano não vou estar na F3 ou na F2, mas talvez no próximo ano esteja”, acrescenta Jamie Chadwick. Cujo regresso é saudado e defendido pela CEO da W Series, Catherine Muir: “Há problemas sistémicos com as mulheres no desporto motorizado para dizer que Chadwick tem um lugar para a temporada”.
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