Circuito das Américas renova asfalto danificado

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O Circuito das Américas, em Austin (Texas) – cenário anual para o Grande Prémio dos Estados Unidos – vai renovar o seu tapete de asfalto. Isto porque nos últimos anos têm-se acentuado pequenas lombas e ressaltos que motivam queixas, quer dos pilotos da Fórmula 1, quer dos do MotoGP. Quando a competição máxima do motociclismo regressou ao COTA no ano passado, ouve várias queixas, lideradas pelo campeão em título, Fabio Quartararo, que considerou o traçado americano como “uma anedota”. O francês da Yamaha referiu mesmo que “é mais ou menos como usar um carreiro numa moto de motocross, mas muito mais depressa e com uma máquina de MotoGP. Por isso é realmente mau. Não imaginava. Dissemos há três anos que tinham de renovar o tapete, e desta vez estava ainda pior”.

“É inaceitável correr ali. Não sei o que dizer, mas é uma anedota. Para mim não é uma pista de MoroGP. Para correr ali – por uma volta – está bom, mas 20 voltas só posso imaginar muitos maus momentos. Vemos muitas motos a abanar na curva 10. Esta coisa dos ressaltos é má porque é nos piores locais possíveis, porque temos ressaltos nas curvas 11 e 12, não há problemas porque são curvas lentas, mas as curas 1, 2, 3 e 10 são as piores curvas para se ter lombas, e há ressaltos ali”, salientou Quartararo. Sendo que depois dos problemas na prova de F1 de 2019, o dono do circuito, Bobby Epstein disse que as chuvas intensas em 2015 contribuíram para os problemas verificados: “Escavamos três metros para colocarmos a pista aqui, trazendo solos especiais. Contundo a inundação de 2015 causou alguns danos sérios e não consertamos essas áreas desde então, e isso piorou. Houve alguma drenagem. Há alguma canaluização sob a pista e em 2015 a água inundou esses canos, não apenas dentro mas à volta deles. Isso causou erosão que deixou esse vazio”.

Questonado sobre a qualidade original da construção e sobre as consequentes reparações aos danos, os responsáveis pelo Circuito das Américas assinaram que contrataram consultores para rever a conceção do asfalto “e diagnosticar as partes da pista que precisam de ser reasfaltadas”. Foi também avançado que vai ser utilizado um radar de penetração do solo, equipamento de mapeamento e ‘software’ para identificar as diferentes reparações de que a pista necessita. “A partir daí o COTA trabalhará para repavimentar as curvas 12 até 16 e construir um tapete de cimento para reforçar as zonas das curvas 2 e 10. Adicionalmente trabalhará com os construtores civis para assegurar que o novo asfalto e as fundações em cimento permitem criar uma pista ideal para futuras corridas e eventos”.

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