Miguel Barbosa empenhou-se bastante na navehação e na travessia das dunas na terceira etapa do Rali Dakar. Juntamente com Pedro Velosa o piloto do BP Ultimate Vodafone Team procurou tirar o melhor partido da sua Toyota Hilux Overdrive, apesar de sentir sérias dificuldades em sair da zona desconfortável do pelotão do Dakar onde a equipa se encontra, na sequência de um problema mecânico ocorrido no prólogo. E, como um mal nunca vem só, o piloto não tem passado bem fisicamente, o que torna todos os seus esforços mais difíceis e penosos. “Continuamos a partir de trás. Tenho estado doente ontem e hoje, com dores de cabeça e dores no corpo. Não tem sido fácil manter sempre a toada, mas também não sei se seria muito melhor se assim não fosse, porque não tem sido nada fácil”, começa por dizer Miguel.
O piloto refere no entanto: “O andamento está muito forte e estamos um pouco verdes em algumas coisas. A navegação com o Pedro tem corrido muito bem. Não ‘atascámos’ nenhuma vez. Nas dunas também temos estado bem, mas estamos sempre a perder tempo. Nestes dois dias creio ue foram dois os fatores que contribuíram para essa situação: a ordem de partida, lá para trás, é um inferno, e o facto de ontem e hoje me ter sentido debilitado. Não estou a 100%. A estratégia vai ter de ser ir andando, e ir vendo o que se consegue fazer e o que acontece. Creio que também estamos a pagar a fatura de não termos treinado”, explica já no bivouac o piloto do BP Ultimate Vodafone Team.
Na quarta-feira disputa-se a quarta etapa do Rally Dakar 2022, a mais longa deste rally, que, num total de 707 km, conduzirá a comitiva ao longo de 465 km cronometrados de Al Qaisumah a sul, rumo à capital Riyadh. Esta especial terá de tudo: uma seção de pistas rápidas de quase 200 km, uma parte central com cadeias de dunas de tamanhos variados e um final rochoso, em que os pilotos terão de cruzar um ‘wadi’ após o outro. Esta será uma das etapas de maior resistência da primeira semana.
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