Fernando Teotónio e Luís Morgadinho garantiram no Rali de Mortágua o título de campeões nacionais RC2N. De regresso ao Mitsubishi Lancer EVO IX, a dupla do Macambi Racing Team dominou por completo a sua categoria nos pisos de terra da prova do Clube Automóvel do Centro. Ao triunfo nos RC2N adicionou um saboroso 9º lugar na classificação, sendo que três eram osF pontos de vantagem sobre os mais diretos adversários que Teotónio e Morgadinho possuíam à chegada a esta derradeira prova do Campeonato de Portugal de Ralis.
À partida deste evento a dupla da Macambi Racing Team tinha perfeita noção de quanto important era terminar a prova e, se possível em RC2N. Saliência também para o facto de Fernando Teotónio e Luís Morgadinho se terem apresentado à partida com o carro que tinha estado na génese do primeiro título nos RC2N, em 2019. A opção foi tomada “à última da hora quando a equipa percebeu que, por atraso no envio das peças, era impossível preparar o EVO X a tempo do rali. Felizmente a Domingos Sport tem sempre o máximo de cuidado e de profissionalismos e o EVO IX apresentou-se nas melhores condições e voltou a ser um bom trunfo para chegarmos aos nossos objetivos”.
Teotónio chegou à liderança logo na primeira especial e daí não mais saíram apesar deste ter sido um rali muito fora do habitual quanto à maneira como a dupla encarou a prova: “Não é bom ter de assumir que o nosso andamento tinha de ser mais lento do que habitual, atendendo aos objetivos traçados. Não é fácil gerir um rali assim. Nos dois primeiros troços da manhã rodamos de forma muito controlada”, enfatiza o piloto do Fundão, salientando tambén: “Só na especial com mais quilometragem é que andamos já mais perto do nosso ritmo normal, sabendo que poderíamos fazer a diferença para a concorrência. Assim foi e, como tal, na parte da tarde entramos no modo de gestão, optando por um andamento ainda mais moderado”.
Fernando Teotónio confessa que este tipo de opção não lhe agradou, sobretudo porque pode impliccar alguma perda de concentração ”Andar mais devagar do que aquilo que sabemos ser capazes de fazer não faz parte do nosso ADN e isso, ao longo do rali, provocou-nos alguns dissabores. Muitas distrações e alguns erros que poderiam ter deitado tudo a perder”. Lembra ainda que “os últimos 18 quilómetros foram infernais, intermináveis. Ouvíamos barulhos por todo o lado no carro e sentimos um enorme alívio quando chegamos ao fim”. A vitória nos RC2N e o nono lugar da ‘geral’ foram o corolário de uma época muito difícil, com alguns momentos menos bons, mas onde nunca sentimos desânimo. Foram 3 ralis ganhos em cinco possíveis e um título que nos deixa muito felizes e que consideramos totalmente merecido”.
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