Nuno Araújo conquistou um memorável quinto lugar no ‘Europeu’ de Rallycross. Foi simplesmente sublime a prestação do piloto da ENI/EQS Racing Team na prova portuguesa do ERX3 que se disputou em Montalegre, ao ser o único português a atingir a final e a terminá-la entre os cinco primeiros, depois de dois dias e que revelou um andamento sempre entre os melhores e uma visão tática sem erros.
Tão cedo Nuno Araújo não vai esquecer o fim-de-semana que teve na pista transmontana. Rubricou um desempenho de luxo para uma estreia nas ‘andanças’ europeias para o piloto de Penafiel, diante de adversários muito experientes e nada mais nada menos que mais cinco Audi A1 da categoria principal do ‘Europeu’, para além, é claro, da presença da ‘nata’ dos portugueses a ‘militar’ no rallycross nacional. E o Audi A1 S1600 do ENI/EQS Racing Team esteve impecável e permitiu-lhe extrair o potencial para alcançar os melhores resultados possíveis, face a uma concorrência fortíssima, que nunca ‘dorme em serviço’.
Logo nos treinos Nuno Araújo foi o quinto mais rápido, anunciando o tipo de ‘estragos’ que poderia realizar na concorrência. E depois de ter sido 10º na primeira qualificação, foi quinto na Q2, terminando o primeiro dia em Montalegre dando indicações que tinha tudo para brilhar na jornada decisiva de domingo. Aí, veio ao de cima uma segurança cada vez mais evidente e, depois de assinar um sétimo posto na Q3, assinou uma corrida sem qualquer erro na Q4, terminado a fase de qualificação com um fabuloso segundo lugar, permitindo pensar que iria à sua meia-final com reais possibilidades de disputar um lugar entre os seis pilotos que teriam direito a estar na corrida de todas as decisões entre os pilotos do Euro RX3.
E assim foi. O arranque foi sem mácula e, mercê de uma boa estratégia em relação ao ‘timing’ para fazer a ‘Joker Lap’, a que adicionou um andamento endiabrado, Nuno Araújo terminaria a semifinal no terceiro lugar, o que o colocou entre os apurados para a final, levando os milhares de espetadores portugueses ao rubro. Após terminar esta fase, Nuno Araújo não escondia que estava “muito contente. Conseguimos atingir a final. Penso que a equipa está de parabéns. Logramos algo com que os portugueses se orgulham, sobretudo os que estavam a assistir em massa a esta magnífica prova no Circuito Internacional de Montalegre”.
Na corrida decisiva prometia dar tudo, e conseguiu um arranque limpo, chegando ao fim da reta junto aos outros cinco pilotos, todos eles entre os melhores do campeonato, disputando a travagem para a primeira curva com coragem e “músculo”. O penafidelense conseguiu ‘saltar’ para o quinto posto, que manteve até final, tornando esta sua estreia inesquecível, tornando-se num dos dois únicos portugueses a terminar no top cinco uma prova do ‘Europeu’ de Rallycross (ERX3).
“O resultado foi ótimo. Estivemos entre os melhores da Europa”, considerou no desfecho Nuno Araújo que disse ter “aprendido bastante” com os adversários estrangeiros: “foi uma prova muito importante para a minha evolução como piloto. Rodar no meio destes pilotos e perceber que não só têm um andamento excecional, como sabem utilizar os seus carros mesmo no limite, permitiu-me ganhar mais ritmo e confiança. Este 5º lugar deixa-nos felizes e é um prémio, quer para mim, quer para a equipa, que esteve ao mais alto nível. Depois de alguns altos e baixos durante esta época, acho que merecíamos estar na final e atingir este excelente resultado que nos dá mais motivação para continuar a evoluir”.
Nuno Araújo e o ENI/EQS Racing Team viram agora agulhas para as duas provas nacionais que faltam realizar na época de 2021. Serão ambas em Castelo Branco, com a primeira a fechar as contas do Campeonato de Portugal de Ralicross by Diatosta. A pista albicastrense recebe depois a Taça de Portugal de Ralicross.
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