Filipe Albuquerque teve definitivamente um ano não na 89ª edição das 24 Horas de Le Mans. Cerca de 14 meses depois de ter ganho a categoria LMP2 na prova ‘rainha’ da endurance mundial tudo correu mal ao piloto de Coimbra e à equipa do Oreca 07 Gibson # 22 da United Autosports. Tudo começou logo na qualificação, quando um desentendimento com um piloto de GTE Am o impediu de realizar uma volta que o levasse à Hyperpole. Isso obrigou-o a arrancar apenas do 12º lugar da grelha entre os concorrentes da segunda categoria de protótipos.

Filipe fez tudo para guindar às posições cimeiras dos LMP2, que chegou a conseguir, mas quando ele Phil Hanson e Fabio Scherer estavam no terceiro posto da categoria problemas elétricos obrigaram à substituição do alternador do Oreca azul escuro. Uma tarefa demorada que acabou por ‘afundar’ a equipas nos confins da classificação, vindo a terminar apenas no 19º posto. Uma enorme desilusão para as aspirações, fundadas, de Albuquerque e dos seus companheiros de equipa. “Não é fácil digerir estas coisas. Saímos para a corrida de uma posição complicada e com condições atmosféricas adversas. Fui muito cauteloso no início para não deitar nada a perder. Fomos gradualmente subindo posições na tabela, chegámos a liderar a prova entre os LMP2 e quando estávamos confortavelmente na terceira posição e ainda com mais de 10 horas de competição pela frente, o alternador dá problemas”, começou por dizer o piloto de Coimbra.

Filipe Albuquerque sente-se desiludido, mas promete voltar à luta: “Fomos forçados a meter o carro nas boxes para reparar o problema. Logo aí soubemos que a nossa corrida tinha chegado ao fim! Mas, a pensar nos pontos para as contas do campeonato do mundo, continuámos em prova em busca do melhor resultado. E a 19ª posição foi o resultado possível”. Um desfecho ‘amargo’ para quem já tinha enfrentado adversidades ao longo do fim-de-semana e tinha feito tanto em corrida para recuperar o tempo perdido:, mas como diz o piloto português, “as corridas são assim mesmo. Uma vezes ganhamos e outras vezes perdemos”.

“Foi uma pena porque o nosso carro estava a andar muito bem, mas são situações que não conseguimos controlar. Agora é olhar para a frente e pensar na próxima”, remata Filipe Albuquerque, que regressará ao Campeonato do Mundo de Endurance a 30 de Outubro, nas 6 Horas do Bahrain.