Alexandre Camacho venceu o Rali Vinho Madeira pela quarta vez, juntando-se a um restrito clube a que só pertencem mais quatro pilotos – Américo Nunes (1968, 1969, 1970 e 1977), Andrea Aghini (1992, 1994, 1996 e 2002), Giandomenico Basso (2006, 2007, 2009 e 2013) e Bruno Magalhães (2011, 2012, 2014 e 2015). Mostrando-se no final um digno vencedor, ao reconhecer o mérito que o seu rival Miguel Nunes teve ao dominar praticamente todo o rali, sendo que este apenas deitou tudo a perder no único erro que cometeu mesmo na última especial.
Mesmo na cerimónia de consagração, Camacho não hesitou em abraçar o seu adversário, mas conterrâneo, revelando um grande respeito pelo trabalho que o piloto do Team Play Autoaçoriana fez enquanto esteve em prova. O abraço entre os dois e o levantar do braço a Miguel Nunes, mostrou que a rivalidade entre ambos é só nas classificativas, nunca fora delas. Sobre este seu quinto êxito, o vencedor admitiu: “Foi a vitória mais suada e mais dificil no Rali Vinho Madeira. Sob condições climatéricas instáveis, partimos de uma desvantagem grande do dia de ontem”.
“Como já referi, desistir é para os fracos e conseguimos esta vitória. Quero também deixar uma palavra de apreço ao Miguel, foi um grande adversário e não merecia este final. Mas as condições estavam difíceis poderia ter acontecido tanto a mim como a ele. Nós arriscamos, estivemos a tarde toda no limite, tivemos um ou outro susto, mas felizmente estamos aqui com esta vitória. Foi uma luta intensa. Desistir é só para os fracos, quando queremos muito uma coisa temos de trabalhar para isso”, confessou Alexandre Camacho.
O campeão madeirense refere que conseguiu “esta vitória vindo de trás para a frente”, acrescentando: “O nosso esforço foi compensado. Eu e o Miguel corremos muitos riscos, eu talvez ainda mais para poder recuperar”.
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