Valentino Rossi anuncia finalmente a retirada

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Foi preciso esperar pela véspera do Grande Prémio da Stríria para Valentino Rossi anunciar a sua retirada da competição no final da época de MotoGP. O que significa que o ‘Doutor’, agora com 41 anos, pousa finalmente o capacete, as luvas, as botas e o fato de competição após uma carreira de 16 anos, ao longo dos quais somou sete títulos mundiais na classe ‘rainha’ do motociclismo mundial e nove cetros compreendidas as classes de MotoGP, 250 cc e 125cc. O # 46 alinhou em 414 grandes prémios, obteve 115 vitórias, 89 das quais na categoria principal, a que se juntam 235 pódios.

Depois de ter pedido o seu lugar na equipa oficial da Yamaha, Rossi tinha decidido continuar pelo menos mais um ano com a equipa Petronas SRT, mas a temporada está a correr-lhe pessimamente, tendo até agora marcado 19 pontos nas nove provas já realizadas. Isso fez com que a decisão de se retirar, tomada durante a pausa de verão, fosse mais fácil de tomar, sendo provável que continue envolvido no motociclismo como ‘team manager’, à frente da sua equipa VR46, em princípio utilizando máquinas da Ducati.

Olhando para trás parece que a sua estreia internacional em 125 cc em 1996 foi ontem, ocorrendo dois anos antes de passar para 250 cc e três antes de lograr o cetro daquela classe. O prelúdio para a sua estreia na categoria maior em 2000, com uma Honda NSR500 da equipa satélite da marca japonesa. Dominaria a época seguinte, quando conquistou o primeiro dos sete cetros mundiais na classe principal. Veio a era dos motores a quatro tempos e os títulos continuaram pela marca da asa dourada, em 2002 e 2003, antes da mudança para a Yamaha em 2004, depois das suas relações com a Honda se deteriorarem. Valentino Rossi conseguiu fazer da M1 uma moto vencedora e em 2005 voltou a ser campeão do Mundo, desta vez pela marca dos três diapasões.

Em 20’6 e 2007 o italiano perderia o campeonato para Nick Hayden (Honda) e para Casey Stoner (Ducati), mas conseguiria recuperá-lo em 2008 e 2009. Mas a sua saída da Yamaha foi inevitável face às tensões com Jorge Lorenzo. Daí até à saída para a Ducati em 2010 foi um pequeno passo. Partiu a perna nesse ano e as possibilidades de ganhar o campeonato também se esfumaram. Ainda continuou com a marca de Borno Panigale até 2012, mas a falta de competitividade das Desmosedici fizeram-no regressar à Yamaha. Com a marca da Yamaha voltou às vitórias. Mas o título iliudiu-o em 2015, acusando Marc Marquez de conspirar para que perdesse o cetro para Lorenzo. Isso marcou o início do declinio da carreira de Valentino, que apenas ganhou duas corridas em 2016 e uma em 2017. Não mais venceu, embora tenha conseguido cinco pódios em 2018, dois em 2019 e um em 2020. Este ano nenhum.

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