Tiago Monteiro sai do Circuito do Estoril com um ‘amargo de boca’, pois a segunda corrida da etapa portuguesa do WTCR deveria ter um desfecho vitorioso para o piloto português, que liderava a prova quando o capô do seu Honda Civic Type R se soltou, obrigando-o a rumar às boxes para resolver o problema. Um autêntico ‘balde de água fria’, que prova como o automobilismo pode muitas vezes ser cruel. Até ali tudo estava a correr de feição a Tiago, que na qualificação tinha sido o segundo mais rápido e tinha sido quarto na primeira corrida do fim de semana, para a qual arrancou de nono mas fez um arranque notável.
Depois Esteban Guerrieri tentou o piloto do Porto face à superioridade dos Lynk&Co, mas em vão, acabando por deixar Tiago regressar à quarta posição. À tarde as expetativas eram enormes, e justificadas, pois arrancou melhor do que Guerrieri e liderou a corrida 2 na frente do seu companheiro de equipa Attila Tassi até ao momento em que aconteceu o percalço que ditou o desfecho inglório da prova para Tiago Monteiro. Um tremendo azar devido a uma pequena peça de fecho do capô, que custou ao piloto português, não só a sua segunda vitória da época no WTCR, mas também a liderança do campeonato, que tinha recuperado na corrida anterior, já que cortou a meta num longínquo 18º lugar.
“É uma sensação de impotência enorme. Na primeira corrida recuperámos de nono até quarto e assumimos o comando do Campeonato. O plano estava a correr como planeado e os objectivos a serem alcançados”, avaliou mais tarde Tiago Monteiro, que sobre o segundo confronto, recordou: “Quando estou confortavelmente na frente acontece uma coisa destas. Algo que não depende de mim e nem posso controlar. Foi um enorme balde de água fria. Sei que as vitórias só se conseguem quando se cruza a linha de meta mas estava tudo no sitio certo, tudo a correr conforme planeado. Quero acreditar que não foi merecido”.
Sabendo que de imprevistos vive o automobilismo, o piloto português já só pensa na próxima jornada: “Podia estar a liderar o campeonato e agora vou ter de correr atrás do prejuízo. É frustrante, mas também não estou habituado a que as coisas sejam fáceis. Por isso vou à luta. Só perdi uma batalha e há mais pela frente…”, remata o piloto, que começa já a pensar na próxima jornada do FIA WTCR, que decorre em Aragon a 10 e 11 de Julho.
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