Marco Ferreira e Edgar Conçalves conseguiram no Rali Vila do Bispo um excelente quarto lugar entre os duas rodas motrizes. Um resultado que mitigou o desaire sofrido na prova inaugural do Campeonato Sul de ralis, para o qual amealhou importantes pontos, à semelhança do que sucedeu em relação à Divisão 2 do Desafio Kumho Sul, para o qual a prova algarvia foi igualmente a segunda ronda.
Apesar da dupla não ter contado com um Citroën Saxo na melhor das condições, por via da substituição do motor a que foi sujeito, na sequência dos problemas de Serpa, e ficar claramente em desvantagem nos troços de terra do evento do Clube Automóvel do Sul, o piloto de Santiago do Cacém fez de tudo para que a sua sorte no Barlavento algarvio fosse bem diferente daquela que teve na raia alentejana. “Foi um rali que valeu pelos pontos conquistados”, frisou. Mas Marco Ferreira gostou da prova, mesmo sem a super especial noturna inicialmente prevista, pois na sua opinião “a organização manteve o rali nos mesmos moldes do ano anterior, pelo que esperávamos andar bem”. Mas não foi uma prova fácil.
“Logo nos reconhecimentos percebemos que iríamos ter dificuldades, pois apenas com as passagens dos carros de treinos o piso ficou muito degradado e com os trilhos muito marcados”, explica Marco Ferreira, que também não esquece o ‘handicap’ do carro, pois tinha “a consciência de que o Saxo não estava tão bem preparado como no ano anterior, visto termos sido obrigados a substituir o motor depois de Serpa e estarmos a utilizar uma unidade de recuso, sem o memos nível de preparação do motor habitual”. No entanto nunca perdeu o foco no seu objetivo: “Arrancamos dispostos a andar o melhor que conseguíssemos”, garante o piloto, confirmando a sua determinação de sair do Algarve com um bom resultado.
Logo nos primeiros quilómetros Marco Ferreira foi percebendo que o desfecho poderia ser bem diferente da participação no Rali Flor do Alentejo: “Na primeira especial tivemos a sensação de que estávamos rápidos, apesar de alguns erros cometidos. Mas perdemos 2 segundos para o primeiro dos duas rodas motrizes, tendo concluído no 14º lugar da geral, quarto das 2RM e primeiro da classe”. O piloto do Citroën Saxo diz que nas outras duas especiais da primeira secção tentou “aumentar o ritm”o, mas cedo constatou “que dificilmente” teria argumentos para discutir o pódio, “pois o carro não tinha potência para sair das zonas lentas e muito cavadas. E nas zonas rápidas não permitia” que fosse a fundo, “porque estava com a traseira muito instável”.
Foi tentada uma alteração para melhorar o comportamento do carro. “Na assistência alteramos a afinação do Saxo, e sentimos algumas melhorias nas PEC 4 e 5 ao nível do comportamento em reta”, explicou Marco Ferrerira. Só que mais uma vez a equipa se deparou com “troços cada vez mais duros e com trilhos mais fundos, extremamente difíceis para um duas rodas motrizes”. Assim o piloto alentejano preocupou-se apenas em atingir parque fechado, ainda que “com bastantes dificuldades. Mas concluímos a prova em 14º da geral, quarto das duas rodas motrizes e segundos da classe, obtendo bons pontos para o campeonato”.
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