O RallySpirit Altice regressou em grande após a ausência forçada de 2020, devido à pandemia. E na primeira etapa, disputada esta sexta-feira, levou emoção à Foz do Douro, no Porto,,, perante o vibrante entusiasmo dos aficionados do evento e a curiosidade de quem nutre simpatia pelo desporto automóvel. A paixão pelos ralis, no seu estado mais puro, regressa amanhã, no último e mais longo dia de prova, que ligará Porto a Barcelos.
A concentração de algumas das mais intemporais e espetaculares máquinas de ralis de todos os tempos levou, hoje, ao rubro milhares de aficionados dos ralis, que apontam já para o RallySpirit Altice como uma marca incontornável no roteiro de provas Rally-Legends europeias. E não é para menos! Afinal, não é todos os dias que se pode ver em ação, na mesma prova, um Audi Sport Quattro, (outrora guiado por Michele Mouton (a única mulher que até hoje venceu provas do Campeonato do Mundo de Ralis), em “confronto direto” com um Renault 4 GTL, que ganhou enorme popularidade quando se aventurou no WRC no final da década de 90.
É neste mundo de contrastes, que assenta a magia e o espírito da prova organizada pela X Racing e Clube Automóvel de Santo Tirso, que há muito se transformou também num chamariz de pilotos de nomeada, de que Rui Madeira é apenas um dos melhores exemplos. Bastará dizer que o piloto se apresentou à partida da prova com o mesmo carro com que conquistou o título de Campeão do Mundo de Ralis de Grupo N, em 1995, para que se perceba quão nostálgica se pode tornar, de facto, a prova. Mas nem só de revivalismo vive o evento, que, no seu arranque, ao início da tarde, em Barcelos, concentrou cerca de 85 participantes.
Desportivamente, a luta pelas primeiras posições foi intensa, empolgando o público durante as três provas especiais cumpridas, que ditaram, afinal, a primeira hierarquia da classificação. Na Categoria “Spirit”, a equipa Ernesto Cunha/Valter Cardoso levou o Subaru Impreza STI ao topo da tabela classificativa, mas teve que suar pois, primeiro a dupla Armando Costa/Sérgio Rocha (Mitsubishi Lancer Evo 6) e, depois, a formação Gonçalo Figueiroa/Paulo Fiúza, não lhe deram um segundo de descanso. Aliás, tudo foi decidido não ao segundo, mas… ao décimo de segundo, com o piloto do Subaru a vencer a etapa por apenas 0,1 segundos!
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