Não começou bem para Jpão Ramos o Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno 2021. O piloto da Toyota Gazoo Racing Caetano Portugal foi forçado a abandonar, depois de na sexta-feira ter tido um acidente de bicicleta quando fazia reconhecimento da prova. No sábado ainda esteve na luta pela liderança no Prólogo e no primeiro setor cronometrado, mas depois foi forçado a claudicar. Ramos deixa algumas queixas quanto à forma como a Baja TT Montes Alentejanos foi delineada, e diz que não foi só uma impressão sua.
“Esta Baja, de acordo com o nosso testemunho e o de outros concorrentes, deixou muito a desejar face à qualidade apresentada no passado. O ‘road-nook’ tinha erros constantes de quilometragem e faltava informação coerente das zonas de perigo. A organização vai ao pormenor de colocar valas insignificantes como pontos de perigo e não tem a sensibilidade de assinalar curvas perigosas que se encontram em zonas muito rápidas”, desabafa o piloto de Vila Nova de Gaia.
João Ramos lembra “as queixas apresentadas por vários concorrentes, devido às consecutivas saídas de estrada por razões idênticas, em que muitas vezes nos fomos safando quando a sorte nos acompanhou, mas nem sempre foi assim. E tal acabou por acontecer connosco e levou ao abandono”. O piloto da Toyota Gazoo Racing Caetano Portugal considera que assim “não vale a pena”, e que a organização não o respeita, vincando que “não tem a noção da velocidade a que se anda, e deste modo não zela pelo mais importante, que é a segurança”.
“Nunca vi nada assim”, diz por sua vez Filipe Palmeiro. O navegador de João Ramos é claro: “Para este nível de setores tão intensos como o de um rali de velocidade seria pedido um ‘road-book’ ao mesmo nível, quanto mais não fosse pela segurança de todos. Senti muita dificuldade com as distâncias e em passar confiança ao João. A região de Beja tem potencial para a realização de uma Baja de nível munial. Penso que esta organização não deveria perder esta oportunidade de aproveitamento deste potencial”.
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