Miguel Oliveira não conseguiu materializar em corrida o excelente andamento mostrando em várias alturas dos treinos e da qualificação do Grande Prémio de Portugal. No Autódromo Internacional do Algarve, onde tinha sido feliz no ano passado ao lograr a sua segunda vitória no MotoGP, o piloto português viu a sua prova abruptamente marcada por uma queda na curva 14 da pista de Portimão. Nessa altura Miguel já se debatia com os problemas de estabilidade provocados pela reação da sua KTM RC16 aos atuais pneus da Michelin.
O desaire não demoveu o piloto de Almada de querer terminar a prova, ainda que no último lugar, pois não é seu timbre desistir e muito menos desiludir os muitos fãs que, devido à pandemia, não puderam estar presentes na bancada, mas que torciam por si assistindo à corrida pela televisão. A 16ª posição, mesmo fora dos pontos foi assim o resultado possível. Mas é evidente que não esconde a sua desilusão, sobretudo depois de se ter qualificado para a quarta fila da grelha, pois é sabido como consegue ser forte nos arranques. O que desta vez nem sequer aconteceu.
“Foi um dia muito dececionante”, começou dizer Miguel Oliveira após a corrida, admitindo: “A minha partida não foi tão boa e debati-me desde o início para parar a moto. Pude sentir o pneu da frente a mover-se bastante nos pontos de travagem, isso tornou ainda mais difícil tentar ultrapassar. Acabei por perder o controlo da frente na curva 14, mas tentei recuperar e terminar a corrida, por respeito à equipa e a toda a gente que estava a ver e pelos fãs portugueses. Não foi o tipo de espetáculo que queria dar. Temos de ultrapassar isto e focar-nos no futuro”.
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