Chip Ganassi descreveu Jimmie Johnson como um piloto esforçado e trabalhador, e que tem “todo o talento de que precisa” para se tornar num vencedor na IndyCar como o foi na Nascar Cup, onde alcançou sete títulos. A dias do arranque do mais importante campeonato norte-americano de monolugares, o dono da equipa que detém atualmente o título da disciplina e ganhou 13 campeonatos nos últimos 25 anos antecipa um bom começo de época por parte do seu novo ‘recruta’, apesar de reconhecer que o californiano vai enfrentar grandes dificuldades.

Ganassi diz que a falta de experiência de Johnson nos monolugares o leva a considerar que “alguns pódios terão de ser considerados um sucesso, e com um bocado de sorte uma vitória não é impossível”, reiterando: “Ele tem o talento. Tem a garra de corrida. Sei que o pode fazer. É apenas uma questão de fazer com que esteja confortável neste ambiente, com os carros e com as pistas. Claro que os testes correram bem, por isso quando andar no tráfego, com alguns carros que possa ultrapassar, penso que a veia competidora dele virá ao de cima facilmente. Quero dizer que se houver um dia difícil vou ficar supreendido? Provavelmente não. Mas… ele tem o talento que é preciso e certamente a veia e competidor e a experiência para saber o que fazer e quando o fazer. Isso é metade do jogo no desporto automóvel”.

“Estou certo que de que Jimmie tem muito treino, e não interessa em que tipo de carro está”, fiz ainda o patrão da Ganassi Racing, que ainda sublinha o palmarés de Johnson para justificar a sua entrada na equipa: “Penso que quando se adiciona um vencedor de campeonatos na nossa equipa isso quer dizer alguma coisas. Campeonatos Nascar ou IndyCar são sempre batalhas duras. Não significa que se trate apenas do carro. Os pilotos trazem muito com eles. Sempre disse que há tipos que podem conduzir os carros depressa, há tipos que podem ganhar corridas e há tipos que podem ganhar campeonatos. E estes são três diferentes tipos de pilotos. Cada um traz certas coisas à equipa”.

“Obviamente que quando se traz um piloto de campeonato – é como se fosse um campeão do Super Bowl como Joe Montana. De cada vez que temos acesso a esse livro de conhecimento, é sempre inestimável. De cada vez que falamos, há sempre coisas importantes que ele nos transmite. Isso diz muito do tipo de pessoa que ele é. Um trabalhador esforçado, posso garantir. Ele estabeleceu uma nova fasquia e um novo nível no empenho que coloca no seu trabalho. Tiro-lhe o chapéu. Ele está sempre no simulador, no computador, ao telefone, perguntando coisas, trabalhando, falando a patrocinadores, falando com a equipa. Quero dizer; o tipo nunca pára. Não tinha a ideia com quem me tinha metido quando competi contra ele na Nascar, e agora tenho um pouco a sensação de perceber que sim, ele é um trabalhador esforçado”.