Danilo Petrucci diz que é “muito grande” para a KTM

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Danilo Petrucci queixa-se de que ele é “muito grande” para a KTM RC16 que passou a tripular este ano no MotoGP, substituindo Miguel Oliveira na Tech3, depois da partida do piloto português para a equipa oficial da marca austríaca. As duas primeiras provas da temporada do ex-piloto da Ducati na sua nova equipa foram complicadas, pois qualificou apenas 21º no GP do Qatar e 17º no GP de Dohan, terminando a segunda corrida apenas na 19ª posição, nem longe dos pontos. O italiano diz que utilizou o ‘set-up’ mais extremo na sua moto para lhe dar uma melhor sensação de pilotagem, mas o mais alto piloto do pelotão do MotoGP diz que o seu tamanho tem sido um grande handicap.

O ‘dono’ da KTM # 9 confessa que aquilo que lhe custa mais tempo é quando acelera, forçando a subirar o pneu dianteiro perdendo tempo nas travagens: “Senti-me bem e vimos algumas melhorias em treinos. Mas o problema foi na primeira volta (da corrida). Não consegui manter-me com os primeiros porque toda a gente me passava, porque notei desde o ‘warm-ip’ que em aceleração perdia bastante. Em todas as acelerações um piloto me passava. A travagem era boa, mas isso significava entrar numa curva com demasiada velocidade e desde a terceira volta o pneu começou a ficar muito quente. Temos de trabalhar nisto”.

“Certamente que optamos por um ‘set-up’ extremo na KTM para o meu tamanho, e talvez eu seja muito grande para a moto, porque vi algumas fotos e eu sou… vamos dizer, e parecia que eu estava em cima de uma Moto3”, enfatiza Petrucci, referindo também: “Durante algumas voltas estava ok, mas comparado com os outros pilotos, especialmente quando eles tinham ‘cone de ar’ nem sequer conseguia ficar nele, e isso é um problema para a corrida, especialmente quando temos uma longa reta nesta pista”. Dificuldades que não impedem o italiano de gostar da RC16, apesar de admitir não esperar debater-se tanto com a moto nas duas primeiras corridas do ano.

“Estou contente com os progressos que fizemos, mas absolutamente triste com os resultados. Durante algumas voltas está tudo bem, mas a partir da terceira volta comecei a lutar com a moto, sobretudo com a temperatura do pneu. Gosto muito da moto e posso ser rápido, porque em algumas sessões de treinos fui rápido. Mas em termos de ritmo foi difícil. Não esperava isso”, remata Danilo Petrucci.

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