Nico Rosberg e o caráter “visionário” da Exteme E

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Nico Rosberg é um dos notáveis envolvidos na Extreme E. O ex-campeão do Mundo de Fórmula 1 sentiu-se seduzido pela nova competição de SUV elétricos, mas enfrenta-o de forma diferente que outros dois campeões como Jenson Button ou Carlos Sainz, preferindo deixar o volante a outros para se concentrar na liderança da equipa. E trata-se de uma transição muito estranha das pistas para o todo-o-terreno, onde a filosofia é muito diversa. O alemão criou a Rosberg X Racing tendo por base o Team Rosberg do seu pai no DTM, e com alguns ‘ensinamentos’ que aprendeu com ‘patrões’ de equipa que teve na F1, como Toto Wolf ou Franl Williams.

Agora na Arábia Saudita, onde se encontra para assistir à primeira prova da Extreme E – este fim de semana na região de AlUla –, e seguir o desempenho da sua dupla – Johan Kristoffersson e Molly Taylor – o filho do Campeão do Mundo de 1982 falou um bocado desta sua nova ‘aventura’, admitindo que as suas passagens pela Williams e pela Mercedes “ajudaram muito” ao conhecimento para se lançar neste projeto. “Aprendi tanto. E continuo a aprender. Sei que podemos melhorar muito juntos. Claro que neste caso tenho de deixar muita coisa por conta dos pilotos. É uma posição diferente. Mas também não me posso queixar de danificar o carro ou virá-lo ao contrário. É uma responsabilidade deles. Seria errado, porque temos de ter confiança no piloto. Isso é essencial”, destacou Nico Rosberg.

Mais uma vez o ex-campeão do Mundo de F1 salienta alguns aspetos importantes resultantes de já ter estado na posição de piloto profissional: “Tive as minhas aprendizagens, mas isso foi o outro lado da minha carreira. É claro que ajuda muito mas é uma transição esquisita. No teste da Extreme E fui a um jantar com patrocinadores e disse-lhes, desculpem-me mas os pilotos estão dispensados, estão cansados, precisam de ir para a cama. E disse-lhes agora podem ir-se embora”. Nico também salienta o acto da importância do legado dos projetos que a Extreme E vai levar por diante nos cinco países que vai percorrer em 2021 como um argumento para ficar cativado pela nova competição. “Adoro fazer parte de algo tão visionário e tão inovador. Fazer parte disso desde o começo foi muito especial”, refere.

O alemão argumenta: “A razão pela qual me juntei à Extreme E é porque é construída com um propósito de ajudar a alertar consciências e mostrar os danos e efeitos nocivos das mudanças climáticas nestes locais tão remotos. A oportunidade que temos com um campeonato com o legado de projetos que realmente ajudem a resolver o impacto das mudanças climáticas. Quero que sejamos uma equipa envolvida em projetos com impacto. A nossa motivação é deixar todos os locais por onde passemos melhor do que estavam quando chegamos. Isso é absolutamente essencial”.

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